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Ciclone Extratropical em Santa Catarina: Impactos, Prejuízos e Alertas Climáticos

Imagem mostra os estragos causados por um ciclone extratropical em Santa Catarina. No centro da cena, uma casa branca com o telhado parcialmente destruído está cercada por entulhos de madeira. Ao fundo, postes de energia caídos e outras casas danificadas refletem a força do vento. O céu está completamente nublado, com nuvens escuras, criando um clima de tensão e devastação. A rua está coberta por destroços e poças d’água.

Santa Catarina enfrentou nos últimos dias os graves efeitos de um ciclone extratropical severo, formado entre o Rio Grande do Sul e o estado catarinense. Com ventos superando 100 km/h, chuvas intensas e estragos generalizados, o fenômeno deixou milhares de desalojados, prejuízos milionários e tragédias humanas. Este artigo detalha os impactos por região, a escala do desastre, os prejuízos estimados e as projeções climáticas para o futuro.


Impactos do Ciclone Extratropical por Região

Oeste Catarinense

  • Cidades afetadas: Nova Erechim, Cordilheira Alta.
  • Danos: Destelhamentos, quedas de árvores, interdição de pontes rurais.
  • Medidas: Famílias evacuadas preventivamente, como em Bom Jesus.

Meio-Oeste Catarinense

  • Destaque: Herval d’Oeste sofreu uma microexplosão devido à nuvem saturada de chuva, com rajadas de 100 km/h.
  • Danos: Ginásio rural destruído e outras estruturas danificadas.

Região Serrana

  • Municípios críticos: Urubici, Campos Novos.
  • Ocorrências: Queda de barreiras, desmoronamento de muros e pontes, risco à mobilidade local.

Sul Catarinense

  • Localidades isoladas: Timbé do Sul, Urussanga, Santa Rosa do Sul.
  • Alagamentos: Em Içara, mais de 180 pessoas foram afetadas.

Grande Florianópolis

  • Cidades impactadas: São José, Palhoça, Florianópolis.
  • Danos:
    • 572 pessoas afetadas (75 em abrigos).
    • Casas destelhadas, erosão de ruas, quedas de muros.
    • Falhas prolongadas no fornecimento de energia elétrica.

Escala do Desastre: O Pior da História de SC

O ciclone foi classificado como um “ciclone bomba”, fenômeno que se intensifica rapidamente devido à queda abrupta da pressão atmosférica. Superou em gravidade eventos históricos como:

  • Furacão Catarina (2004)
  • Tornado de Xanxerê (2015)

Dados do Evento

  • Municípios afetados: 64% de Santa Catarina.
  • Rajadas de vento: Até 134 km/h (Siderópolis).
  • Vítimas: Entre 10 e 11 mortes e 1 desaparecido.
  • Situação do estado: Calamidade pública declarada para agilizar recursos federais.

Prejuízos Financeiros Estimados

Os danos materiais foram devastadores, com perdas em múltiplos setores:

Resumo dos Prejuízos

SetorValor Estimado
Total em SCR$ 682 milhões
ResidênciasR$ 54 milhões
AgriculturaR$ 322 milhões
Comércio e InfraestruturaR$ 306 milhões

Impacto Regional (SC + RS)

  • Prejuízos combinados: R$ 1,3 bilhão.

Tendências Climáticas e Alertas Futuros

Meteorologistas do IFSC e Epagri/Ciram alertam que:

  • Ciclones extratropicais intensos serão mais frequentes no Sul do Brasil.
  • Mudanças climáticas aumentam a energia atmosférica, tornando tempestades mais rápidas e destrutivas.
  • Santa Catarina é uma região ciclogenética, ou seja, propensa à formação de ciclones devido à sua posição geográfica.

Conclusão: Lições e Necessidades Urgentes

O ciclone extratropical evidenciou:

  1. Fragilidade dos sistemas de alerta – É preciso melhorar a comunicação com a população.
  2. Infraestrutura vulnerável – Necessidade de investimentos em prevenção e adaptação climática.
  3. Cultura de preparação – A população e o poder público devem agir rapidamente diante de alertas meteorológicos.

Santa Catarina precisa se preparar para eventos extremos cada vez mais comuns.

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